terça-feira, 5 de abril de 2011

Éramos

Éramos três, sempre três
A vida era a porta ao lado
O mundo, aberto em calçadas
O sonho, nossa vitamina.

Éramos três, sempre três
O mar cabia num copo
A natureza, numa janela
O universo, em nossas pupilas.

Éramos três, sempre três
As cores ficaram mutantes
Os sons, palpáveis
Os fantasmas, covardes.

Éramos três, sempre três
A flor morreu na redoma
A Lógica e a Matemática, renegadas
A Filosofia, de fome.

Muitas luas passaram...

Deus não é uma equação!

Somos um, apenas um.



Francisco Cleóbulo Teixeira

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